segunda-feira, abril 06, 2015
A propósito da virgindade de alguns patriotas.
Pensar a Pátria , a propósito de um texto de Pedro Santos
Guerreiro, “Os imortais, os imorais” (Expresso) ou sobre a virgindade de quem
não gosta de Sampaio da Nóvoa.
Vejamos casos referidos por Pedro Santos Guerreiro:
Para além das prisões conhecidas a propósito dos vistos gold,
Miguel Macedo está indiciado de crime de
prevaricação; isto é, de agir de modo contrário ao interesse público, como privilegiar
amigos nas questões de estado e receber prendas.
Inutilizados quase duas centenas de documentos com que a Lusófona doutorava deputados, autarcas e outros políticos.
O Ministro Luís Montenegro é um “sortudo”: o seu escritório, por ajusto directo á Câmara onde era presidente da Assembleia Municipal, cobrou 70 mil euros.
O escritório de Aguiar Branco promove negócios nos países que o ministro visita.
Os vistos gold encheram mais os bolsos de intermediários, como o do escritório de Marques Mendes ( “fazedor de chuva” de negócios) do que os cofres do estado. Um ex-ministro está preso e as suspeitas ligadas a muitos políticos do seu partido crescem como cogumelos em terra bravia todos os dias.
Inutilizados quase duas centenas de documentos com que a Lusófona doutorava deputados, autarcas e outros políticos.
O Ministro Luís Montenegro é um “sortudo”: o seu escritório, por ajusto directo á Câmara onde era presidente da Assembleia Municipal, cobrou 70 mil euros.
O escritório de Aguiar Branco promove negócios nos países que o ministro visita.
Os vistos gold encheram mais os bolsos de intermediários, como o do escritório de Marques Mendes ( “fazedor de chuva” de negócios) do que os cofres do estado. Um ex-ministro está preso e as suspeitas ligadas a muitos políticos do seu partido crescem como cogumelos em terra bravia todos os dias.
No meio de tudo isto, a noção de Pátria, razão primeira da
acção política, vai deixando de ser a Terra onde nos tornamos cidadãos, o local
onde a vida, os afectos e a família cria laços. A Pátria que espera ser servida
com o amor e a dedicação que uma mãe espera de um filho, está prostituída: meteram-na debaixo dos lençóis dos políticos poderosos.
Se não somos cínicos da virgindade, talvez tivéssemos de
corrigir um grande socialista, Miguel Torga, e dizer: Pátria já não é “o espaço
telúrico, moral, cultural, político e afectivo, onde cada natural se cumpre
humano e cidadão”. Já não é nEla que “a respiração é plena, o instinto sossega,
a inteligência fulgura, o passado tem sentido e o presente tem futuro”.
A Pátria tornou-se na rua escura, por onde evita passar
gente honrada e é olhada como um covil de ladrões. E o pior é que esta
metamorfose parece normal, numa normalidade tão obscena que até do “Podemos” (o
espelho das expectativas que o socialismo criou nos povos) querem-nos meter
medo para não apoiar um homem honrado, com mãos limpas, como Sampaio da Nóvoa. E alguns virgens do PS apenas o querem como jarra de cravos nos seus comícios.