sábado, fevereiro 28, 2015
António Costa espera que a memória seja curta sobre a sua
afirmação que se tornou numa bandeira do PSD/CDS para justificar as suas
políticas de miséria. Mas António Costa tem de perceber que a sua “tirada” pode
ser esquecida, mas ninguém esquece a ideia que ele formou do seu carácter. E é
isso o mais importante: Costa ficou a pertencer ao arco dos aldrabões, que fazem do seu partido uma máquina apenas
útil para a ocupação de lugares na administração pública e nas empresas que dela
se servem. E a sugestão de Vitorino, um novo administrador dos chineses, para
Presidente da República, parece inserir-se nessa estratégia. Costa ergueu uma
divisória entre os cidadãos e o exercício do poder. Já ninguém terá a certeza se
depois das eleições não fará um acordo de bloco de interesses com o PSD. Passos
Coelho já o insinuou e por que havemos de duvidar ser possível uma aliança com
o PS?
Esperamos só que os eleitores pensem na necessidade de mudar
as agulhas do poder e votar noutros partidos, os que não falam na pobreza para fazerem
parte do arco de apertos de mãos para as servidões que nos esmagam com a fome,
a miséria, o desemprego, a exclusão de velhos, a emigração forçada e a morte
nos corredores dos hospitais. Há outros espaços de esperança que é altura de
experimentar, já que os outros falharam!