sexta-feira, dezembro 05, 2014
O pragmatismo trouxe consigo a cultura do contacto: o
importante é ser assertivo, sem se preocupar com as premissas a que deve
obedecer qualquer conclusão. Afirma-se uma “bestialidade” e ela fica logo
colada na mente do interlocutor como uma verdade. Pressupõe-se que ninguém pergunta como
se chegou àquela afirmação, que não são precisas premissas para tirar uma
conclusão. E esta irracionalidade (ser racional é dar ou encontrar razões) faz
a “cultura” do nosso tempo. É dela que vive Passos Coelho, Paulo Portas e
outros imbecis que nos entram pela casa dentro sem pedir licença.