sexta-feira, dezembro 20, 2013

 

Não aprendem com as lições do passado!

Sublinha Augustin Hamon (“ As Lições da Guerra Mundial”) a justificação de um cidadão francês para, voluntariamente, se ter oferecido para lutar na Primeira Grande Guerra: “É com entusiasmo que faço a guerra ao espírito guerreiro que a Alemanha incarna pelo seu espirito egoísta e imperialista. Lutarei até ao fim com a mesma fé, para abater o militarismo prussiano, causa de tantas lutas, tanta miséria e outros tantos males”. A Alemanha foi derrotada, mas a sua tendência egoísta e imperialista ficou e surgiu a Segunda Grande Guerra, com o hediondo nazismo. Nas conversações do Plano Marshall, Keynes desconfia do funcionamento livre dos mercados por recear que o regulador venha a ser uma potência e desenha um plano que facilitava o crédito aos países que apresentassem deficit. A sua proposta foi derrotada e as consequências estão á vista: a Alemanha retomou o seu espírito imperialista! Tomando como seu braço militar os mercados, declara uma nova guerra: a do imperialismo financeiro. Conclusão: os políticos que construíram a União Europeia trairam a luta desse voluntário francês, de que nos fala Augustin. Por causa do deficit ter ficado á gula dos mercados, vivemos, hoje, uma terceira grande guerra: a provocada pelo imperialismo financeiro alemão. A morte, a miséria, o desespero e outros males que se viveram nas duas grandes guerras regressaram e Keynes, lá do alto, como Homem de bem, sentindo a amargura de não o ouviram, dirá: “que grandes filhos da puta! Nunca mais aprendem.”

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