segunda-feira, abril 15, 2013

 

No Clube de Caça de S. João da folhada

Ontem, no Clube de Caça da minha Terra houve um divinal jantar de Javali, regado com o verde duma quinta de um caçador de S. Martinho acompanhado pelo saborosíssimo pão da Folhada.

Este acontecimento tem raízes muito antigas, desde o tempo em que Cristo, para desvanecer receios de míngua, andava pelos campos, ajudando a caçar e a promover a fertilidade da terra. Por isso, depois da faina se dizia: graças a Deus os prados estão ricos e caçamos muitas perdizes, coelhos e javalis.

Esta é a nossa cultura, a que se enraíza em velhos costumes da nossa tradição e não na que importou o exemplo de Buda para falar dos direitos dos animais. Segundo a lenda, Buda, “ao encontrar um cão cheio de vermes, libertou-o destes, mas logo compadecido dos vermes, voltou atrás, cortou um pedaço de carne do seu próprio braço e, abençoando-a, deu-lhes de comer”

Na minha Terra não há budistas: só, de longe a longe, por lá passam as testemunhas de Jeová. Talvez para testemunharem como seguimos outros exemplos: a felicidade dos gatos nas correrias atrás dos ratos ou dos perdigueiros que ficam espetados até que a perdiz se levante para que o caçador a cace.

Nestes jantares, a conversa anda sempre á volta de javalis, perdizes e coelhos (não aquele que nos tiraniza), mas os que andam na encosta da Serra para nos proporcionar um feliz convívio entre amigos.


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