segunda-feira, outubro 22, 2012

 

Os novos "yes man" do poder!

Compreende-se que Passos Coelho defenda Gaspar até à imprescindibilidade, tal como defende Miguel Relvas e Carlos Moedas. Todos eles cresceram e se tornaram figuras notáveis no âmbito do que, hoje, se chama Capitalismo de Relações e não conheceram outro. E isso não lhes possibilitou saber avaliar a dignidade do trabalho.

Habituaram-se ao sucesso que vem da influência de um amigo, da importância de um segredo, de um telefonema oportuno, da marcação de um almoço, de um encontro social, do retorno que têm na facilidade com que se movimentam nos corredores da grande finança e junto de alguns jornalistas.

O papel da informação é decisivo para promover esta gente, os seus interesses, evitar o desagradável e fazer constar, de ciência certa, que são muito importantes quando não passam de um embuste.

No capitalismo de relações não conta a clareza da transparência, o que é o prejuízo numa empresa, as dores de cabeça de um empresário para recuperar um investimento, comprar matéria-prima ou ter de volta as importâncias que incorporaram vendas.

A relação com a Troika é, neste capitalismo de relações, a melhor que convém aos representantes do capitalismo financeiro. São-lhes subservientes, o negócio é a transação de um favor (e, por isso, querem ser bons discípulos) e em vez de negociadores firmes, que tenham em conta os interesses nacionais, os que dizem respeito aos portugueses, são bajuladores, curvando-se sempre (como é notório!) nos corredores do poder financeiro. Não passam de uns goldmen boys.

A nossa troika, os prosélitos do capitalismo de relações que nos desgovernam, nada percebe do País real, dos que gostam de investir, são sensíveis aos que perdem emprego e, sobretudo, aos que sofrem uma miséria imerecida. Até têm desprezo pelos que nenhum acesso tem à importância que eles julgam possuir!

O pavor da nossa troika, dos que nos desgovernam, é só um: a possibilidade de novas eleições.

Sabem que novas eleições levariam ao poder uma esquerda que não é mundana, mas humana; que se preocupa mais com os pobres do que com os influentes, que respeita a dignidade do fato-macaco e não confia na importância das relações com que os bacocos engravatados hipotecam o nosso País.

E isso seria perder toda a importância que os boys da Goldman Sachs julgam ter.

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