domingo, setembro 16, 2012

 

Estou farto dos comentadores economistas!

A economia tornou-se numa teologia da escravização.

Os seus teólogos dominam os comentários políticos, fazem de nós um frio dígito dos seus modelos matemáticos, dizem que compreendem a imensa multidão de indignados que ontem saiu à rua, mas não sentem desconforto no carnaval da imoralidade, da corrupção, da roubalheira que provocou o protesto.


O mundo, para esses teólogos da escravização, é uma máquina de calcular. Elevaram à divindade os números frios do cálculo e fazem-nos crer que a crise é um castigo sobre a humanidade que gozou o direito a comprar casa, ter filhos, sorrir numa tarde de verão, afivelar sorrisos, ter direito ao amor, à honra, à dignidade, á solidariedade e a escolher entre o mal e o bem.

Estes teólogos elevaram a economia a ciência certa e não têm em conta as imensas variáveis que a tornam na disciplina mais incerta, mais sujeita ao princípio cautelar da prudência. Esses economistas, que cobram a nossa alma por tempos de antena milionariamente pagos, são feiticeiros das “amarrações” dos números.

Mas para que servirá a economia, se a tornam num pesadelo para as nossas vidas, se é incapaz de afeiçoar a nossa alma ao que faz com que a vida mereça a pena ser vivida?!...

Quando perceberá isso a televisão, os jornais, a rádio?

Precisamos tanto de poetas, os que melhor compreendem os silêncios sobre a dor, o movimento azul da esperança, os olhos humedecidos do solidário, os sonhos onde labora o amor, os sorrisos que se entrelaçam nos olhares de crianças!

Estou farto dessa gente!


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