segunda-feira, setembro 10, 2012

 

Basta!

Não se vê como sair de um desespero que faz uma revolta surda. Estamos desenraizados da nossa história, dos nossos valores e Portugal já não é a pátria, o retângulo onde nascemos, criamos os nossos filhos, nos orgulhávamos duma história e sonhávamos um futuro de vida melhor.

Portugal é, hoje, uma coisa que os portugueses não sentem como sua e é vendida em papel de celofane para nos emprestarem dinheiro que logo escorrega para os bolsos de quem nos desgraçaram.

Portugal é um sitio de onde se quer fugir envergonhados de uma crescente miséria imerecida. A economia deixou de ter uma função social para visar apenas o lucro, o desemprego tornou-se num rasgão do tecido social, despareceu a autoridade moral das instituições, partidarizou-se o aparelho de Estado, estabeleceram-se redes clientelares, ninguém leva a sério a retórica dos partidos, a democracia converteu-se num regime de uma nomenklatura e já nem sequer representa os interesses de uma maioria e cimentou-se a ideia de que somos governados por mixordeiros que dizem uma coisa e fazem outra, aparentam ser o que não são, não têm carácter, rompem á medida das circunstâncias todos os contratos eleitorais e sociais e subjugam-nos com um cenário esotérico: apresentam-nos como salvadores uma espécie de força do mal que comanda pelo absurdo as nossas vidas concretas e recebe o nome de Troika.


Precisamos de unir todas as solidões, romper a amargura que nos revolta e ganhar força para no dia 15 dizer basta!

Basa de tanta vilania. Para pior já não é possível.


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