terça-feira, agosto 07, 2012

 

na minha Terra

Nos rudes rochedos da minha Terra pousam as cruzes do mundo da vida, os velhos trilhos da minha Terra ainda esperam solitários amores, o campanário da igreja da minha Terra ainda anuncia sonhos de feição, o Sol que se debruça sobre a minha Terra ainda torna as faces doiradas, as plantas que crescem na minha Terra ainda abrigam odores de adolescência, as brisas que balançam na minha Terra fazem ondular as fraldas do Marão, os vazios na minha Terra são preenchidos com sumos de laranja, o cair da tarde na minha Terra traz a ausência dos amigos e os amigos que anseio acolher na minha Terra quero-os sem acenos, sem adeuses, sem mistérios e poupados ao infortúnio.

A minha Terra é um porto sem cais nem barcos, sem acenos de saudade nem noites pesadas.

Vou amanhã, muito de manhã, para Terra onde nasci, cresci e a sinto como o afago de um manso seio. É o lugar certo para absorver todas as gargalhadas, brindes festivos, balançar recordações e dissolver tristezas.

Apareça, amigo!


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