sábado, julho 14, 2012

 

Na Confraria do Anho Assado

Fui convidado pela Confraria Panela ao Lume, para participar nas celebrações da Confraria do Anho, no Marco de Canaveses.


O cerimonial, que fazia parte das Festas do Concelho, exalta a gastronomia da minha Terra, o prato que foi sempre servido à mesa dos marcoenses, ricos ou pobres, nos dias de comunhões solenes nas freguesias ou nas Festas do Marco.

É a continuação de uma tradição que tem raízes, para uns, nos ostensivos banquetes romanos, e, para outros, nos banquetes iniciáticos dos cruzados. Talvez, por isso, o ponto forte da cerimónia da Confraria fosse na Igreja de Santa Maria de Sobretâmega, um monumento do séc.XIII,  com a iniciação dos novos confrades e confreiras. Depois, partimos para Quinta dos Moinhos, em Santo Isidoro, onde, num ambiente paradisíaco, nos foi proposto deliciarmo-nos com o divino sabor do anho.

Com muita gente e um arrastar do serviço, o anho do forno não ganhou o preceito de Confúcio (“comer é divinal”), mas tudo foi superado pelo convívio, sentimento de festa e alegria que transbordava nos rostos dos confrades e confreiras e outros amigos.

Valeu, por isso, ter participado na celebração da Confraria do Anho, neste dia das Festas do Concelho do Marco, hoje, limpo do caudilhismo que o dominou por muitos e gastantes anos.


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