sexta-feira, junho 22, 2012

 
O mais importante, o que é mais significativo no mundo da vida não se joga ao nível do dinheiro, do poder ou das preocupações racionais: joga-se ao nível dos afectos. Esquecer esta parte da nossa natureza é ignorar o que faz com que a vida valha a pena ser vivida.

Hoje, tive um almoço de aniversário de dois bons amigos, amigos que quase todos nos conhecíamos de longa data: há mais de meio século. Um ficou conhecido por Comendador e outro por Arquiteto das Almas. O primeiro recebeu a comenda por ter substituído os retalhos do Comércio do Porto, jornal que recebíamos no ex-lar da JUC, pelo papel higiénico. Nunca mais ninguém o tratou por Engenheiro ou Professor. O outro, foi sempre o amigo nas horas difíceis, nos momentos em que a alma se entristecia como a noite e precisava de acolhimento. Por isso, lhe chamávamos Arquiteto das almas. Também já nenhum de nós lhe chama Cónego ou Professor. Apenas, de vez enquanto, se invoca o tempo que para todos nós continua de referência, o tempo em que foi secretário do Grande Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes.

Todos os almoços são agradáveis, mas entre amigos de sempre é uma Felicidade.


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