sábado, maio 05, 2012

 
Na terra onde estão as nossas raízes, se faz a memória da nossa vida e se demora a perceber o valor de plantar flores e árvores, sentir o brilhar duma gota de água que escorrega numa folha de laranjeira e gozar de felicidade com as madrugadas por onde espreita o chilrear dos passarinhos.

Estamos na idade de compreender tudo isso e dar valor ao que, um dia, escreveu o nosso vizinho Teixeira de Pascoais:


“Que saudades eu sinto desta flor,
Que vai murchar!
E desta gota de água e de esplendor,
Um pequenino mundo que é só mar.
E desta imagem que por mim passou
Misteriosamente.
E desta folha pálida e tremente
Que tombou...
Da voz do vento que me deixa mudo,
E deste meu espanto de criança.
Que saudades de tudo eu sinto, porque tudo
É feito de lembrança...”

Teixeira de Pascoais


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