terça-feira, janeiro 17, 2012

 

O conceito de "empresa-cidadã" desapareceu.

Foi alcançado um acordo. Naturalmente, quem só dispõe do trabalho para viver vai ficar mais prejudicado e diminuído nos seus direitos. A dimensão de interesse público da exploração empresarial perdeu-se.

O lucro, com este governo PSD/CDS, passou a justificar-se por si mesmo, ganhando apenas um significado puramente financeiro, como pensava Milton Friedman (“a única responsabilidade da empresa é utilizar os seus recursos para maximizar lucros”. Foi considerado o pai do neo-liberalismo e nos anos 70 esteve no Chile, tornando-se amigo de Pinochet que adoptou muitas das suas ideias neo-liberais sobre economia).

Falar em “empresa-cidadã” perdeu sentido, como perdeu sentido pensar-se que o objectivo dos negócios é servir clientes com sentido de missão, onde todos os esforços se orientam pela ideia de “bem-servir”.

Regressamos aos finais do séc. XVIII. Pode ser que, tal como nessa altura, apareça quem se insurja contra a “miséria imerecida” de que falou Leão XIII na encíclica “ Rerum Novarum.

Não achei bem que a CGTP tivesse abandonado a reunião de Concertação Social. A luta nunca deve ficar a meio, nos terrenos que nos são propostos.
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=38977

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