terça-feira, dezembro 27, 2011

 

Em que País vivemos, em que mundo estamos?

Lê-se os Jornais e, como me aconteceu hoje, talvez por ser época natalícia, ficamos com imensa perplexidade que nos leva a interrogarmo-nos: em que País vivemos, em que mundo estamos?


Lê-se no “Público”, logo na primeira página: o Ministério da Justiça vendeu o estabelecimento Prisional de Lisboa em 2006 a uma empresa pública,” Parpública”. Isto é, criou-se uma empresa pública para vender o que é bem público. Não é espantoso!...

A notícia acrescenta: não foi construído o estabelecimento que substituísse o vendido e o Estado (figura que já não sei o que representa!) passou a pagar uma renda à empresa pública do bem público no valor de 220 mil euros. Em Novembro, a dívida totalizava 9,8 milhões de euros. Pergunta-se: que tipo de negócio foi este, em que o comprador recebe mais do que o valor da compra? Alguém foi preso? O jornal nada diz.

Na pág. 21 do mesmo Jornal, fica-se a saber que, em Braga, o “dono de uma pastelaria foi detido 16 vezes pela GNR em 3 meses”. Vai-se saber porquê e a notícia esclarece: o pasteleiro tem no mesmo prédio, como vizinho, um magistrado que não gosta do barulho. E para além de interpor uma providência cautelar que encurtou, em tempos de crise, ao pasteleiro o tempo do seu ganha pão, a GNR, por coincidência, não lhe “larga a porta, a controlar a hora de abertura e do fecho”. E se trabalha para além da hora dois minutos, é logo conduzido ao posto com ordem de detenção.

Lida a notícia, nova dúvida se nos coloca: será que a Justiça tornou-se célere ou é perigoso ter como vizinho um magistrado?!...

Seria bom saber-se o que sobre isto pensam os órgãos da magistratura responsáveis pela conduta desinteressada dos magistrados e o próprio sindicato?

Em resumo: Portugal está na Europa, mas podia, muito bem, estar perto da China. Talvez isso explique o conceito de solidariedade europeia na privatização da EDP, passando-a para o sector público da China (potência concorrente com a que estamos "unidos") e o artigo, no mesmo jornal, de Paulo Rangel, com o significativo título:”Contra os canhões, migrar, migrar”

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