terça-feira, novembro 08, 2011
A vida que recebemos foi-nos dada vazia.
Paradoxalmente, isso tornou-se numa desvantagem em relação aos animais. Não trazemos um repertório para responder às necessidades da própria vida. Temos de ser nós próprios a preenchê-la. Ou seja, precisamos de argumentos para ocupar a vida. E os melhores argumentos são os que servem para viver a vida com gosto, de forma feliz.
Sentimo-nos parte de um mesmo corpo — a HUMANIDADE. E nesta fraternidade transcendemo-nos.
Perdemos o sentido da vida, quando não temos argumentos para ultrapassar os nossos próprios problemas e tomar conta de nós mesmos: ficamos órfãos, numa ilha deserta, a viver com o peso de se suportar a “andar por aí”.
Paradoxalmente, as ocupações impostas magoam-nos: não se enquadram com o gosto de viver, com a felicidade a que genuinamente aspiramos; mas sem ocupação, o vazio torna a vida insuportável.
Ganhamos o sentido da vida, quando, com gosto, tomamos conta de nós mesmos. Mas, como somos-ser-com-os-outros, não podemos ser felizes, deixando os outros na infelicidade. A solidariedade nasce, assim, de uma dimensão de fraternidade.
Sentimo-nos parte de um mesmo corpo — a HUMANIDADE. E nesta fraternidade transcendemo-nos.
Perdemos o sentido da vida, quando não temos argumentos para ultrapassar os nossos próprios problemas e tomar conta de nós mesmos: ficamos órfãos, numa ilha deserta, a viver com o peso de se suportar a “andar por aí”.