quinta-feira, novembro 17, 2011

 

Lamentam-se,mas são incapazes de tirar conclusões!

Mário Monti formou, em Itália, um governo de “tecnocratas, intelectuais independentes e mulheres poderosas”, como refere o “Público”. Não quis políticos. Tudo isso em nome de um “bom-governo”. E dizem ser assim por necessidade de obter a confiança das instituições financeiras europeias.

Os políticos, (como Francisco Assis, faz, hoje, no mesmo jornal), lamentam-se (curioso!) da forma “como os governos legítimos têm vindo a ser corroídos e destroçados pelas pressões externas”.

Não se faz uma autocrítica da falta de credibilidade dos políticos, da demissão do papel que deveria caber aos partidos, da forma como estes se organizam, de como os políticos se deslegitimam ao trair os contratos que estabelecem com os eleitores, dos apoios financeiros que “mendigam” junto do poder económico para as campanhas eleitorais (em troca de favores), da prática do caudilhismo, do aparelhismo, da desideologização, etc., etc.

Os políticos vitimizam-se em vez de tirar conclusões, fazer reformas e credibilizarem-se. Não conseguem perceber que se tornaram numa categoria social rasca que está a corroer a própria democracia.

Sem se credibilizarem pela qualidade da postura política, nenhuma retórica entravará o divórcio crescente entre cidadãos e políticos e o apoucamento a que estes estão sujeitos pelo poder económico.

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