sábado, setembro 10, 2011

 

A propósito do congresso do PS.

Já se torna cansativo ouvir os chavões do costume -- “trabalho sério, rigoroso”, etc., etc.).

Não há um único caminho (irreversível) dos “amanhãs” , onde novas verdades substituam antigas. O mundo em que vivemos está cheio de paradoxos e o ponto de partida de uma reflexão que sirva o País não são chavões, mas a perplexidade sobre o pântano do nosso tempo.


“Se as pessoas estão primeiro”, temos de saber como se colocam as pessoas em primeiro lugar na organização do partido, da sociedade, da economia.


Vivemos num mundo cheio de paradoxos: combates nos outros o que os próprios praticaram, o que hoje está errado, ontem estava certo, etc., etc.,


Em vez de tanta assertividade (face e contra-face da oposição versus governo), é necessário uma reflexão sobre o passado para encontrar os erros que tragam lições que nos ajudem a evitar novos erros que cavam desilusão e não abrem caminho à esperança.

O preconceito positivista de um caminho único não tem permitido esclarecer que, em situações limite (p.ex., a crise do capitalismo financeiro), o paradoxo da falta de regulação pública do Estado regulador remete-nos imediatamente para uma crítica desse Estado (neoliberal) e a obrigação de construir um Estado interventor.


Como recolocar o Estado no seu lugar, descapturando-o dos partidos, das oligarquias e dos interesses escondidos que não o deixam servir os cidadãos, não o deixam colocar “as pessoas em primeiro lugar”? Como corrigir o divórcio entre o Estado e os cidadãos, a corrupção, a burocracia e colocar o Estado a promover a educação, a saúde, o emprego e a coesão social?


O princípio “primeiro estão as pessoas” significa que o homem é o fim de todas as coisas e não pode ser uma bandeira de propaganda, uma armadilha para caçar incautos, uma carta de um “jogo de ilusões”.


Receio que este Congresso fique pelo “jogo de ilusões” de todos os congressos de esquerda ou de direita.

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