segunda-feira, setembro 26, 2011

 

"Ninguém sai da política com mãos limpas"

Há por aí muita gente incomodada com o facto do Cardeal Patriarca ter dito que “ninguém sai da política com mãos limpas”. São as dores do espírito de "classe".

Mas o Cardeal só disse o que é do senso comum. Naturalmente há excepções, mas não há regra sem excepções. Em vez de matar o mensageiro, talvez seja melhor alterar a forma de fazer política e criar regras que limitem a possibilidade de se “sujar” na política as mãos.

Aliás, o recente diploma para combater a corrupção vai nesse sentido, mas pode haver outras iniciativas, como p. ex. um período de “nojo” durante o qual um ex-político não pode ocupar lugares na administração do Estado ou em empresas que tenham estado directa ou indirectamente ligadas ao seu pelouro.

Sei que a Igreja também suja as mãos em muita coisa, mas não é isso que agora está em causa. O que é incontroverso é que a política perdeu o sentido da causa pública e é nessa perspectiva que entendo a frase do cardeal.

Não podemos fazer como a Avestruz: meter a cabeça na areia. Aliás, nem vale a pena, se pensarmos no estado em que o País está, sem que haja um político na cadeia.

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