sábado, agosto 27, 2011

 

Um "dejá vu"!

Ouvi o discurso de José Seguro no encerramento do acampamento de Verão da JS. Foi música para agradar ao ouvido. Retoma a ideia de coerência entre o que se promete e o que se faz (tão desprezada pelo seu partido), coerência também prometida por Passos Coelho e logo esquecida. Quer que o PSD recue no imposto extraordinário e colocou nos mais pobres, nos mais desfavorecidos as suas preocupações, sublinhando que o PS preocupa-se com as pessoas e com a justiça social. Mas não explicou como compatibiliza as suas inquietações com as medidas troikianas que o seu partido apoiou. Esqueceu o brutal aumento dos transportes, a alteração às leis do trabalho, a privatização, por exemplo, da água, o combate à corrupção e nem sequer se referiu às injustiças fiscais ou ao imposto sugerido para os mais ricos.

O estilo de Sócrates era o elogio repetitivo, a justificação das suas políticas com os erros do passado; Passos Coelho esqueceu-se da promessa de abandonar esse estilo e repescou-o ao mesmo tempo que introduziu uma novidade: o anúncio de que nos vai surpreender. António José Seguro é o dejá vu.

Entretanto, vai desaparecendo a classe média que foi sempre um esteio da democracia e o pântano em que se enreda os serviços secretos com interesses económicos, dirigentes políticos e ex-governantes continua coberto por um manto “diáfano” de podridão.

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