sábado, agosto 27, 2011

 

“Silêncios lamentáveis”

“Silêncios lamentáveis” é o título de um texto, escrito por São José Almeida, a não perder, hoje no "Público".

De facto, depois da queda do Muro de Berlim passou-se a exaltar o Fim da História, o que significava a ruptura com as ideologias, a exaltação do pragmatismo e do mercado livre, configurando o que se passou a designar neo-liberalismo.

Pouco a pouco, como refere São José Almeida, os mais acérrimos defensores dessa “doutrina”, como Charles Moore, biógrafo oficial da Tatcher, vão compreendendo que o mercado nunca foi livre e que tal conceito favoreceu a gula dos “mais fortes” que, para obterem uma produção barata (concorrencial) deslocaram as suas fábricas para a China, onde a mão-de-obra é utilizada ao nível da escravatura, sem sindicatos nem direitos.

Os políticos europeus, eleitos pelas populações que sofriam essa sangria da produção e do trabalho, em vez de lutarem pela correcção dos desequilíbrios do mercado que promoviam o desequilíbrio social, adoptaram slogans contra o socialismo e o comunismo e, “aceitando perverter as regras básicas da democracia", subjugaram-se aos “donos do mundo” e passaram a favorecer os interesses ligados ao neoliberalismo.

O resultado está á vista: um darwinismo social vai tornando os ricos cada vez mais ricos e em menor número e os pobres cada vez mais pobre e em maior número. E a crise só vai acentuando este colossal desequilíbrio social.

E é, por isso, como diz a articulista, que multimilionários vão percebendo o que os políticos não querem perceber: “um dia destes o povo pode bater-lhes à porta”.

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