sexta-feira, julho 29, 2011

 

Mais "pirlimpimpim" para ver a realidade a cores

Estou a ouvir o debate na Assembleia da República. A retórica voltou ao seu melhor estilo “pirlimpimpim” para ver a realidade com outros olhos. Seguro preocupou-se com o “caso” Bairrão, mas podia ter-se preocupado com a redução, por este Governo, dos trabalhadores a meros produtores de rendimentos, sem qualquer respeito pelos direitos adquiridos com muitas lutas travadas pelos próprios sociais-democratas. Seguro e Passos Coelho voltaram a “jurar” fidelidade à Troyka e nisso acho que ambos têm razão. Sem a troyka que ideias novas, criativas, poderiam ser desenvolvidas pelo PS ou pelo PSD? Sem a Troyka, as mulheres em Portugal não poderiam ficar grávidas, os trabalhadores encheriam de ferrugem as fábricas, ninguém copiaria o pior que há lá fora, noutros países, ninguém saberia experimentar sacrifícios no preço dos transportes, no encerramento das empresas, nos custos da saúde, não haveria a “equidade troykiana” que torna os pobres cada vez mais pobres e em maior número e os ricos cada vez mais ricos e em número cada vez menor, e até o milho, como diria Brecht, cresceria para baixo em vez de crescer para cima.

Seguro, também poderia dizer que este Governo está a esvaziar o papel dos sindicatos e a orientar-se cada vez mais pelos lobbys dos patrões e banqueiros troykianos, o que vai constituindo um desequilíbrio cada vez maior nesta democracia, cada vez mais formal e amputada.

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