domingo, junho 26, 2011

 

Não me convencem!

Francisco Assis e José Seguro não me convencem. O primeiro quer-se libertar do socratismo, o que está de acordo com o seu conhecido estilo - “usa e deita fora”-, mas não convence. O segundo, parecendo liderar uma ruptura mais genuína, é, no entanto, um produto do “aparelhismo”, responsável pela desfiguração do PS. Falam como se caíssem de pára-quedas, agora, neste País. Mas, como se poderá acreditar nas promessas de construir novas políticas sem avaliação das políticas que geraram a crise que estamos a viver?

Não fazem essa análise e, sem ela, nada nos garante que possam corrigir os erros que nos levaram a uma situação de pântano. Aliás, também me custa aceitar (mas “compreendo” que não queiram criar precedentes!) que não haja neste Governo uma manifesta preocupação com essa avaliação ( e torná-la pública!), não haja uma auditoria à crise, nem um esforço para agregar outros países, em situação de crise semelhante, numa contestação do papel dessas instâncias obscuras que dão pelo nome de “agências de rating”. Ou seja, entristece-me que, em democracia, o princípio da responsabilidade (avaliação das consequências dos actos de quem teve o poder ou o exerce) continue a ser meramente formal, o que não prestigia o sistema.

E é essa situação que dá todo o sentido aos movimentos "acampados por uma democracia verdadeira” e que Pacheco Pereira não entende!

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