sexta-feira, junho 03, 2011

 

Esquerda/ Direita

Depois do 25 de Abril e por razões que se prendem com o fim de quase 50 anos de domínio fascista, esquerda/direita passou a ser configurada pelas bandeiras dos partidos. Essas bandeiras representavam ideologias, mas a ideologia, se não serve para orientar uma prática, é vazia. E nada mais perverso do que em nome de uma ideologia de esquerda ter uma prática de direita. É caso para dizer, se esquerda é isso, então, não sou de esquerda. A debandada da esquerda que assistimos, hoje, tem aqui a sua razão de ser.


Não considero este PS liderado por Sócrates um partido de esquerda. A sua prática foi lançar através da propaganda uma cortina de fumo sobre a incompetência, sobre casos suspeitos, como o Freeport, o Parque Escolar (dominado pela empresa Constrope, do tio do Primeiro Ministro), o BPN, o BPP, as parcerias público-privadas, os inúmeros institutos e fundações que duplicam funções do Estado e servem apenas para ocupar boys, o enxamear de apparatchiks ministérios, secretarias de Estado e meios de comunicação do Estado, a diabolização de professores, funcionários públicos, magistrados, etc , o desenvolvimento de um darwinismo social que tornou os ricos cada vez mais ricos e em menor número e os pobres cada vez mais pobres e em maior número e, ainda, obriga os contribuintes a pagar a falência do Estado ou bancarrota, de que é responsável sobretudo a governação de Sócrates (duplicou em 6 anos o débito – 82,9 mil milhões de euros).

Não se pode continuar com o raciocínio de Estaline: os que criticam o partido são inimigos do povo e da URRS e, por isso, devem ser tratados como loucos, internados nos gulags com todos seus cúmplices, a começar pela família.

Voto contra Sócrates, porque voto contra o embuste, a prostituição de um ideal que abracei ainda muito novo. Voto contra Sócrates porque ele é o principal responsável por uma crise que se estenderá pelas nossos filhos e netos. Voto contra Sócrates porque nos atirou para uma situação insuportável e é preciso dizer basta!

E não me digam que “são todos iguais”. Se assim é, corremos desde já com os que são mais iguais: os que temos pela frente.


Quem vier a seguir, que venha por opção consciente dos eleitores e receba este sinal: os eleitores não suportam o embuste, a corrupção e o esbanjamento dos dinheiros dos contribuintes.

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