domingo, março 13, 2011

 

Há solidariedade e solidariedade.

O raciocínio dos “chicos-espertos”, que se dão como comentadores políticos, é este: «tem de haver uma solidariedade entre todos: os que têm empregos para sempre têm de aceitar perder os seus direitos e abrirem espaço aos mais novos, compreendendo que a flexibilidade e a precariedade têm de ser para todos».

(Naturalmente, menos para eles! A fasquia deve sempre descer nos mais frágeis, nos que menos têm)


Mas como o direito ao trabalho é um direito natural (o que não acontece com o ser milionário), não percebo por que não situam a sua lógica de solidariedade num outro plano: os que têm milhões por solidariedade deveriam dividir as suas fortunas com os que menos têm e, para isso, bastava que pagassem os impostos por aqueles que pouco ou nada têm.


Era uma forma de solidariedade e de justiça (muitos pobres são precisos para fazer um rico. Consequentemente, seria justa que se entregasse directa ou indirectamente aos pobres o que lhes foi retirado), respeitando-se as conquistas civilizacionais que marcam a diferença entre o progresso dos direitos humanos e sociais da barbárie.

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