terça-feira, dezembro 21, 2010
Precisamos de lutar contra a corrente.

Manuel Alegre declama muito bem, mas não convence. Transformou a sua candidatura num ataque a Cavaco Silva, mas os eleitores o que querem saber é como se poderá cultivar os campos e pôr as fábricas a produzir, porque o desemprego e a miséria crescem e até o que comemos é importado.
Insistem que o problema do País é financeiro, mas esse é o problema dos bancos.
Também não é só um problema do deficit, este é o de tirar a gordura do Estado, pô-lo a gastar menos do que pode.
O nosso problema essencial é o do desenvolvimento, o de pôr a cultivar os campos, a produzir as fábricas, a diminuir o desemprego, a funcionar a justiça, a pôr a funcionar o serviço de saúde, a colocar a escola a formar profissionais competentes e cidadãos responsáveis e combater, sem tréguas, a corrupção.
As sondagens não votam, mas indicam que o sentimento maioritário dos eleitores vai no sentido do pior. Este povo é assim: nunca luta contra o desânimo e deixa-se levar para uma vida que não merece. Era preciso que lutasse contra a corrente.