quinta-feira, dezembro 09, 2010
A corrupção faz-se tranquilamente
Segundo o relatório de combate à corrupção 1 em 4 indivíduos praticou, no último ano, actos de suborno. Não é referida a qualidade desse suborno, nem as consequências para o bem-estar das futuras gerações que o mesmo tem.
Sei que nas autarquias as alterações aos planos directores municipais (com consequências ambientais a todos os níveis) têm sempre (ou quase sempre) como motivação favorecer os patos bravos que, comprando terrenos ao desbarato, passam, depois, a fazê-los render milhões, com construções de habitações. Muito deste dinheiro fica nos partidos (vai para as campanhas, geralmente) e uma outra fatia entra no bolso do responsável pelas alterações.
Conheço uma pessoa que, no reinado de Ferreira Torres, no Marco de Canaveses, denunciou a suspeita desta situação. Chama-se Prof. Gil Mendes . Com isso só teve problemas, desde ameaças, cartas anónimas e até apanhou uma soba no próprio gabinete do, então, presidente da câmara.
Nenhum partido o apoiou. Não me admira, por isso, que no relatório referido, os partidos apareçam como as instituições mais corruptas e as acções dos Governos pouco ou nada eficazes.
Neste País os corruptos gozam de uma vida tranquila: são os chicos-espertos do sucesso.
Como contrariar esta situação? Só vejo uma solução: votar em branco e exigir reformas que tornem este voto num voto útil, com consequências práticas.