segunda-feira, outubro 18, 2010

 

Sem orçamento há uma vantagem: a de nos livrarmos do socratismo.

O que se passa com a Distrital do PS de Coimbra é paradigmático. À pergunta feita a Sócrates sobre a sua opinião acerca da “chapelada” que terá dado a vitória ao seu ex-assessor, o primeiro-ministro e Secretário-geral responde: “o que se passa no PS só ao PS diz respeito, mas sempre vou dizendo que é preciso saber perder”. Quer dizer, o Partido é uma ilha isolada, sem paredes de vidro, tal como a democracia socrática.



Por outro lado, se é preciso saber perder, o inverso também é verdadeiro. Isto é, todos os meios são legítimos para ganhar, segundo Sócrates. E, de facto, foi esse o percurso e testemunho do líder do PS e Primeiro-Ministro, desde os mamarrachos da Cova da Beira, o Freeport, o seu percurso académico na Universidade Independente e, agora, com a farsante forma de governar.


Em todo este percurso, Sócrates tem sabido ganhar. Ganhar como um chico-esperto e foi este modelo de vida que seguiu o “vitorioso” presidente da Distrital de Coimbra.


O orçamento do Estado é a prova dos nove deste estilo: sobe os impostos e diminui os ordenados. É a fórmula mais básica que poderia ser concebida e reflecte o estilo socrático.


E a vida dos mais pobres, de uma classe média que se vai depauperando, é resolvida com a técnica da cenoura: com a sua lábia assertiva de feirante diz que “o orçamento protege o estado social que queremos viver” e vai criando expectativas que nunca cumprirá.


Pior do que a tísica do século XIX é, para este País, neste momento, o chico-espertismo e a hipocrisia do modelo Socrático.


Não deixem passar o orçamento. As consequências serão iguais às que o País terá se for aprovado. E pode ser que assim nos vejamos livres desta peste que nos trata como mentecaptos e vai prostituindo o País.

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