terça-feira, julho 13, 2010

 

O papel do Intelectual



Vivemos uma profunda crise, com um desemprego galopante e uma abissal distancia entre ricos (cada vez mais ricos) e pobres (cada vez mais pobres). As consequências desta crise está longe de poder ser calculada. E não se vê quem mobilize e dê confiança aos portugueses. Faltam-nos líderes que rasguem novos caminhos.

Pensei, já que durante alguns dias não estarei na “margemesquerda”, sem nenhum pretensiosismo, colocar á discussão o papel do intelectual. Sirvo-me de um debate com Sartre (filósofo da existência que, trazido pelo meu amigo Sardo, esteve no Porto, logo a seguir ao 25 de Abril).
O modelo do intelectual engagé, comprometido com uma prática, parece ter desaparecido nos anos 80, com o “politicamente correcto”, o fim das ideologias, a corrida ao sucesso individual, o blá…blá… e o tornar a ética numa arma de arremesso.
Hoje, impera a vulgaridade, o tacticismo, os lugares comuns, o vazio de ideias e o niilismo.
Precisamos desse actor histórico, que desocultava na prática o embuste, rasgava estratégias, comprometia-se com a verdade, a justiça e a liberdade. E norteava-se sempre por viver, no mundo da vida, a aliança entre a moral e a política. E era assim que reduzia a distância entre pensamento e acção.
Sugiro, então, que ouçamos Sartre sobre o papel do intelectual

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