terça-feira, junho 22, 2010

 

O despero aumenta e as consequências são imprevisíveis.


Hoje um grande buzinão na via de cintura interna do Porto protesta contra a introdução de portagens na SCUT.


É surpreendente a adesão que se verifica nesta altura, 18 h.

Os cidadãos estão desesperados e já não suportam tantos impostos directos ou indirectos. Todos se vêem na fila que os ameaça com um aumento galopante de pobreza. O País está velho e o seu interior vai ficando desertificado pela carência cada vez maior de condições para viver: fecham-se escolas, centros de saúde, postos de polícia, repartições, tudo aquilo que as pessoas precisam para viver em comunidade.

Ninguém percebe por que é que hão-de ser sempre os mesmos, os que vivem do seu trabalho, os mais pobres, a pagar a crise.

Há reformas que não se fazem, porque a liderança partidária do PS e do PSD não quer criar problemas aos barões e boys que os apoiam. Por isso, continuam os governos civis que nenhum interesse têm, as empresas municipais com dívidas colossais e empregos de conveniência, muitos institutos que só servem para sorver o dinheiro dos contribuintes e uma frota de automóveis do Estado que se renova e não se justifica. Em tudo isto há milhões de euros esbanjados e nada se faz para evitar este desperdício.

Os cidadãos sentem-se injustiçados e a revolta começa a larvar. Não temos lideranças políticas com sentido de Estado.

O buzinão de hoje dá testemunho dum desespero insuportável. Rui Rio tem razão no diagnóstico que, hoje, faz a este propósito.

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