terça-feira, junho 22, 2010

 

Em jeito de homenagem


Nunca fui do PCP, mas sempre tive grande admiração pela inteligência, capacidade de luta e coerência de Álvaro Cunhal.

Aqui deixo uma modestíssima homenagem, no dia em que se comemora 60 anos do seu julgamento no Tribunal Plenário de Lisboa.


Pouca gente se lembrará do que foram esses julgamentos. Geralmente eram feitos à porta fechada e sempre num clima de grande intimidação, com pides por todo o lado. A sentença acompanhava sempre o que pedia o delegado do Governo, o procurador, e este ditava em Tribunal o que a PIDE queria.

Cunhal, depois de muito torturado (tortura do sono, de estátua e outras) apresentou-se em Tribunal com uma dignidade impar: de acusado, tornou-se, sem medo, em acusador do regime fascista.

A partir do seu exemplo, passou a ser esse o comportamento de muitos militantes do PC nos julgamentos.

Álvaro Cunhal viveu até à sua morte de pé, firme nas sua convicções, e agindo sempre em coerência com o que acreditava. Merece, por isso, o nosso respeito e admiração.

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