segunda-feira, maio 17, 2010

 

Mas, afinal, quais são os interesses do País?


Saldanha Sanches, na sua última crónica no “Expresso”, fala de “Os papa-reformas”. Não se percebe que num período de crise, onde muita gente trabalhou e não tem direito a reforma, haja indivíduos que “são profissionais da acumulação de reformas, públicas, semi-públicas e semiprivadas(…) Basta ver o caso do Banco de Portugal, ou outros menos imorais, que permitem que uma série de cidadãos – gente séria, acima de qualquer suspeita – se alimente vorazmente, em acumulações de pensões, reformas e complementos, que começam a receber em tenra idade. Muitas vezes com carreiras contributivas virtuais, sem trabalho e com promoções (dizem que para isto são muito boas a Emissora Nacional/RTP e a Carris”.

Perguntamo-nos, por que é que Passos Coelho não levantou esta questão, que embora no computo geral do esbanjamento e oportunismo tenha apenas um valor simbólico, é uma obscenidade pública?!...

Só nos parece possível uma resposta: não ferir a sensibilidade de apoiantes de um e do outro lado, ou seja, de um bloco central que se sentou sem vergonha na mesa do orçamento e fez leis que cobriram a sua imoralidade.

E é significativo que pense, agora, em obrigar os desempregados a receber subsídio, a trabalhar três dias de "borla" por mês. E usa uma retória para justificar essa medida que já ultrapassa Sócrates!Percebemos, então, quais são os interesses do país!

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