quarta-feira, abril 15, 2009

 

O descrédito da U.E.!

A maioria dos cidadãos dos 27 países da União Europeia revela, em sondagens, um profundo desinteresse pelas eleições europeias. Os eleitores portugueses não fogem à regra: só cerca de 24% dos eleitores se mostram dispostos a votar.

Não faltam razões para que isso aconteça. As instituições europeias, Parlamento, Comissão e Banco Central, foram incapazes de saber definir políticas que estivessem à altura dos desafios da globalização. Numa lógica de liberalismo financeiro radical, onde só conta o lucro, permitiram a deslocação de empresas e de um know-how estratégicos do desenvolvimento, da Europa para a Ásia, onde a mão-de-obra é explorada de forma desumana e sem regras. Não foram capazes de impor uma globalização que respeitasse regras, se fizesse em igualdade de circunstâncias, numa concorrência leal e seguisse as raízes humanistas ocidentais que valorizam o significado do trabalho para o homem e vêem na empresa um grupo de seres humanos que não são meras peças descartáveis de uma engrenagem para fazer dinheiro.

A Europa perdeu o sentido humanista que lhe dava uma identidade, importou um pos-modernismo sem alma, deixou de poder concorrer com os países onde não há sindicatos, nem respeito pelos direitos humanos e isso descridibilizou-a ao mesmo tempo que constituiu um dos factores da grave crise que atravessa e nos deixa sem horizontes para o Futuro.

Entretanto, o nosso Primeiro, mais preocupado em imitar o estilo berlusconiano, do que em defender um projecto europeu, acha que o melhor critério para escolher o Presidente da Comissão Europeia não é o de se harmonizar com os ideais que deram substância ao partido que representa, mas o de ser como o galo de Barcelos: um produto nacional!

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