sexta-feira, março 13, 2009
Jornada de Luta
A manifestação, de hoje, contra as políticas sociais do governo de Sócrates, teve, pela sua dimensão (a maior realizada nos últimos tempos!), um significado importante: os portugueses não acreditam na propaganda de Sócrates e não se conformam com a situação que lhes foi criada. Além disso, tornou claro que não se pode governar com arrogância, desprezando os que vivem apenas do seu trabalho e olhando para o País como se este fosse uma coutada de um partido.
Carvalho da Silva apontou os cinco pecados deste Governo socrático:
1º- Prometeu mais emprego e temos mais desemprego;
2º- Prometeu mais estabilidade e temos mais precariedade, sendo os trabalhadores tratados como coisas descartáveis.
3º- Aumentou a promiscuidade entre o poder político e o poder económico, fazendo aumentar a corrupção que ganhou contornos mafiosos.
4º- Destruiu o aparelho produtivo e a actividade económico. O país está cada vez mais desigual e com uma dívida externa que coloca uma corda ao pescoço por muitos e muitos anos às gerações dos nossos filhos.
5º- Colocou Portugal a divergir 6 anos da união europeia, tornando evidente que o problema não é da crise global, mas da incompetência deste Governo e das políticas que tem seguido.
Apelou à necessidade de valorizar o sector produtivo e de colocar o sector financeiro ao serviço do desenvolvimento do País e não do enriquecimento de alguns; a que se promovam políticas de dignificação do trabalho e de protecção social; a que o papel do Estado se re-centre, parando os ataques aos professores, aos médicos, a todos os que trabalham na função pública, ao serviço do Estado.
Oxalá que as propostas do Secretário-geral da CGTP ganhem força na consciência cívica dos portugueses.
Entretanto, todas as sondagens indicam que Sócrates perdeu a confiança dos portugueses. Mas, paradoxalmente, o PS continua a ser o partido preferido pelos eleitores. Esta contradição terá de ser naturalmente resolvida. Esperamos que seja a favor de quem vive apenas do seu trabalho. Só, assim, o rumo deste País poderá ser alterado.
