terça-feira, fevereiro 03, 2009

 

Prós e Contras

Conheço e sou amigo de Carlos Abreu Amorim e naturalmente fiquei contente com o seu desempenho no “Prós e Contras”. Foi claro, com sentido cívico de defesa das instituições e do bem-comum. Defendeu o fundamental em democracia: o direito a que nos expliquem por que não funcionam regularmente as instituições, não tratando todos de igual forma.

Achei interessante e significativo que José Miguel Júdice, conhecido por no seu tempo de estudante, em Coimbra, nunca ter tomado posição contra a ditadura de Salazar, argumentasse com a teoria do “fim da estrada” (já havia a do “Fim da História”), aterrorizando-nos, perante tantas suspeitas que caiem sobre os políticos, com o fantasma do fim da estrada e, por isso, “antes corrupção que totalitarismo”.
Ficou-me a frase de Saldanha Sanches: “só há uma forma de não deixar espalhar a falsa ideia de que todos os políticos são corruptos: não ser complacente com nenhuma suspeita”.

A democracia não pode ser o pântano dos chicos-espertos. Penso também que a democracia defende-se com exigências de transparência e não com silêncios coniventes e de conveniência.

O “Prós e Contras” não nos deixou tranquilo sobre as “boas intenções” no licenciamento do Freeport. Espero que o Primeiro-Ministro explique os factos que criam dúvidas e perplexidades.

Precisamos de acreditar que temos como primeiro-ministro um cidadão com sentido de Estado e não um “chico-esperto”.

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