terça-feira, fevereiro 03, 2009
Prós e Contras

Achei interessante e significativo que José Miguel Júdice, conhecido por no seu tempo de estudante, em Coimbra, nunca ter tomado posição contra a ditadura de Salazar, argumentasse com a teoria do “fim da estrada” (já havia a do “Fim da História”), aterrorizando-nos, perante tantas suspeitas que caiem sobre os políticos, com o fantasma do fim da estrada e, por isso, “antes corrupção que totalitarismo”.
Ficou-me a frase de Saldanha Sanches: “só há uma forma de não deixar espalhar a falsa ideia de que todos os políticos são corruptos: não ser complacente com nenhuma suspeita”.
A democracia não pode ser o pântano dos chicos-espertos. Penso também que a democracia defende-se com exigências de transparência e não com silêncios coniventes e de conveniência.
O “Prós e Contras” não nos deixou tranquilo sobre as “boas intenções” no licenciamento do Freeport. Espero que o Primeiro-Ministro explique os factos que criam dúvidas e perplexidades.
Precisamos de acreditar que temos como primeiro-ministro um cidadão com sentido de Estado e não um “chico-esperto”.