sábado, fevereiro 28, 2009

 

Congresso do PS ou um guarda-chuva para Sócrates

Não se deveria chamar congresso a um espectáculo que Sócrates aproveita para se defender das suspeitas que sobre ele impedem.

Nenhuma ideia saiu do Secretário-geral do PS para rasgar esperança no nosso futuro colectivo.

O que se tem ouvido no dito congresso são queixumes: queixume da comunicação social, da oposição, da justiça, de Manuel Alegre; em suma, Sócrates sente-se uma vítima de todos os que não compreendem os caminhos ínvios por onde se tem metido. E, em vez de criar condições para que a justiça faça justiça, coloca-se ao nível de conhecidos presidentes que estiveram ou estão á frente de autarquias como a de Felgueiras, do Marco, de Gondomar, Oeiras, etc..

Esta reunião do partido socialista ficará para a história como um "congresso freeport". E Vital Moreira, o novo intelectual orgânico do regime socrático, teve o prémio que merece pela defesa que tem feito do "Chefe": foi “nomeado” cabeça de lista ao Parlamento Europeu.

Sócrates repete (e percebe-se porquê!) que, em democracia, governa quem o povo escolhe. É verdade, mas em democracia o essencial é a consciência da responsabilidade. Ser responsável significa responder a uma acusação, dar resposta às críticas e afastar-se quando essas respostas não convencerem.

Esperamos que o povo escolha com responsabilidade, avaliando bem o que foi o comportamento de Sócrates e a sua governação. Só o sentido de responsabilidade dá significado à democracia.

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