sexta-feira, dezembro 26, 2008

 

Um texto que enviei para o blog "Marcohoje"

Os partidos não se justificam por si, mas pelas referências de valores e ideais de organização da sociedade que representam. É isso que faz a identidade ou personalidade de um partido e dá sentido à democracia de representação partidária.

Na história dos partidos muitos desapareceram, porque deixaram de representar esses valores ou ideais e se tornaram num estorvo à democracia.

Temos o dever de criticar os partidos que desprezam a sua identidade, se tornam num estorvo à democracia, favorecem o chico-espertismo, criam condições para que os ideais e valores configurados na sua bandeira sejam espezinhados e resvalam para meros instrumentos de interesses privados.

Os partidos também são pagos pelos contribuintes e é dever de cidadania combater a corrupção moral dos partidos para defender a democracia. Os códigos de honra com que a corrupção e a podridão moral é encoberta, que faz dizer que a critica prejudica, são próprios das máfias e não de sociedades livres, responsáveis e abertas.

A crítica é o sal da democracia, que lhe dá tempero e sabor.Quando os partidos impedirem a crítica, quando deixarem as suas diferenças, quando for igual ser do CDS ou do PS ou do PSD, quando escolher quem representa um partido for como escolher um jogador de futebol ou um mercenário para um combate, quando a vida num partido não tiver ética, for feita de traições e jogos maquiavélicos, então desapareceu a democracia.

O valor de um partido está na imagem que cria. Se ela é repugnante, não tem critérios de valor, é oportunista e maquiavélica, não serve para representar cidadãos honestos, nem justifica que para ele sejam canalizadas verbas dos contribuintes.

O que pretende um cidadão responsável é que a imagem de um partido seja a imagem dos valores e ideais que o justificam. O que pretende um militante responsável de um partido é que possa olhar para o espelho (onde se reflecte a sua imagem partidária) sem se envergonhar.

A causa da crise de credibilidade dos partidos está na perca da identidade que lhes deu sentido, nos métodos maquiavélicos que usam, na cultura do chico-espertismo que desenvolvem e na confusão entre servir o interesse público e o interesse privado

Comments:
Daí a pergunta: afinal, os "Partidos" justificam-se?

Muito sinceramente, não creio.

São todo um conjunto de "males" que apenas prejudicam a boa governação. Veja-se a História da 1ª república e da actual.

Os "partidos" são, afinal, uma "central" de intereses particulares, apenas isto.

E tanta esperança se depositou neles! Mas já tínhamos o exemplo dos primeiros anos do século XX!

Nunca o Homem aprende com a História...
 
"interesses"...
 
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