quarta-feira, dezembro 03, 2008

 

A revolta dos professores!

A greve dos professores está a ser o que se esperava: uma enorme manifestação de revolta.

O Ministério da Educação, o Governo e os boys do PS não conseguiram frustrar a adesão à greve. Para nada serviram as mensagens anónimas enviadas pelo telemóvel a dizer que a greve foi desconvocada; para nada serviram as contradições da Ministra, proclamando estar aberta a negociações sem condições prévias, mas impondo as suas prévias condições (como a divisão da carreira e as quotas); para nada tem servido declarar que as escolas estão abertas, quando o que é um facto é que mais de 90% dos professores estão em greve; para nada serve proclamar o diálogo, quando o Ministério levou a guerra às escolas; etc., etc.,

Sócrates faz desta Ministra uma marca do seu governo. E tem razão! Este Governo faz da teimosia a sua firmeza e pretende dizer que não quebra perante os sindicatos, como faz uma Ministra incompetente e sem sentido de diálogo. Mas que autoridade tem quem se diz socialista e passa a vida a quebrar perante os interesses dos banqueiros, das grandes fortunas, das multinacionais e dos interesses dos que mais têm?!... Será que só estas quebras é que dão sentido ao seu entendimento de firmeza, de democracia e de socialismo?

Um tal Albino com um pigmento retórico que faz de cinturão protector da virgindade do M.E., tem uma concepção curiosa de greve: quer que não prejudique os alunos, como se a greve fosse um banquete com pedido de licença aos paizinhos que fazem das escolas o armazém dos seus filhos e dos professores umas “amas secas”.

A greve é o último recurso da indignação e, por isso, é uma manifestação de ruptura e de revolta que, logo à partida, prejudica o bolso de quem a faz. E é por prejudicar o normal funcionamento das escolas que ela pode ter impacto sobre uma ministra e um governo autista, arrogante e com falta de sentido democrático.

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