quarta-feira, dezembro 10, 2008

 

Razões de partido que Manuel Alegre desconhece.

Mário Soares falou, hoje, sobre Sócrates e a Ministra da Educação.

Compreende-se que há necessidade de ouvir Mário Soares, na véspera de mais um encontro da esquerda, onde estará Manuel Alegre. Mas a necessidade do ex-Presidente da República elogiar a “coragem invulgar” da Ministra da Educação parece um exagero. E ainda por cima com a justificação de que a Senhora “tem uma orientação e um sentido de responsabilidade invulgar”.

Percebemos que há razões de partido que a razão desconhece, mas depois de Maria de Lourdes Rodrigues garantir que suspende o modelo da avaliação dos professores no final do ano, mas durante o mesmo não, é uma extravagância procurar na Ministra sentido de responsabilidade e de orientação. Ninguém descobre coerência ou rigor numa Ministra que reconhece um erro e marca prazo para insistir no mesmo.

Também se percebe que Mário Soares, defensor das amplas liberdades, inclusivamente sindicais, julgue contrário à democracia exercer o direito cívico de vir para a rua pedir a demissão de uma ministra ou que a queda de Sócrates seja pior do que a queda do império romano. Todos nós nos recordamos do tempo em que Mário Soares inflamava multidões nas ruas e até nas avenidas, mas nesses tempos não era o PS que estava no Governo.

Mário Soares tem direito a todas as extravagâncias. É que não está só em causa a figura do ex-Presidente da República, mas o que significa o peso do seu nome na família. Não nos admiramos, por isso, que hajam razões de partido que Manuel Alegre desconhece!

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