terça-feira, novembro 18, 2008
Um problema de comunicação ou de tonturas!...
Manuela Ferreira Leite acordou do seu silêncio com tonturas. De facto, só quem acorda com um pesadelo é que é capaz de dizer o que a líder da oposição, a propósito da necessidade de reformas, disse: «Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia (…) Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se». E interrogou-se: «E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia».
Sócrates estará neste momento felicíssimo, rindo-se a bandeiras despregadas e vai citar isso até à exaustão. Entretanto, Filipe Meneses já abriu uma garrafa de champanhe e Sá Carneiro envergonhado estará a dar voltas e mais voltas de indignação no túmulo.
Sócrates estará neste momento felicíssimo, rindo-se a bandeiras despregadas e vai citar isso até à exaustão. Entretanto, Filipe Meneses já abriu uma garrafa de champanhe e Sá Carneiro envergonhado estará a dar voltas e mais voltas de indignação no túmulo.
Naturalmente, pode não ser esta a interpretação fiel do que Manuela Ferreira leite quis dizer, mas a líder da oposição tem de saber comunicar para não sugerir disparates que fazem notícia e envergonham qualquer cidadão, por mais distraído que ande. Disparates de tal ordem que até apagam a oportuna ideia (que teve a líder da oposição) de lembrar que «não se deve tentar fazer reformas contra as classes profissionais», como aconteceu com os juízes, os funcionários públicos e, agora, os professores.