sábado, novembro 22, 2008

 

Tudo direitinho e certinho!

Manuel Dias Loureiro, entrevistado por Judite de Sousa, disse o que se esperava vir a dizer: foi administrador executivo do Banco Português de Negócios, mas nunca executou nada. Nada, mesmo nada, teve a ver com a operação de aquisição de duas sociedades com sede em Porto Rico pela SLN, em 2001 e 2002, onde foram transaccionados ocultamente milhões de que se perdeu o rasto.
E já que falamos em milhões convém não dar muito importância a esses números. Eles mudam de lugar com muita facilidade e isso só pode causar impressão a quem não está habituado aos ditos. Ora vejam: a Caixa Geral de Depósitos, o tal Banco de todos nós, mal injecta 800 milhões no BPN pede, em seguida, um aval ao Estado de dois milhões de euros. No intervalo, o Ministro da Segurança Social levanta do BPN os 300 milhões que lá tinha colocado, sem se perceber as razões de tal depósito num Banco muito pouco transparente.
Se não perceberam que tudo isto é feito de forma direitinha e certinha, a culpa não é de Dias Loureiro, nem do Governo, nem do Banco de Portugal nem das autoridades que têm a incumbência de zelar pela transparência destas coisas e muito menos da promiscuidade entre a política e os negócios.

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