sábado, julho 19, 2008

 

Três notas a propósito de Valentim

I
Valentim garante que tem a certeza que não cometeu nenhum dos crimes de que é acusado.

Podia simplesmente dizer que desconhecia os factos, mas não: ele tem a certeza que os factos existem. De contrário, não teria a certeza de não os cometer.

É de sublinhar a sua perspicácia!

II
O que Valentim quer dos factos é a interpretação que deles dá. Os factos não falam por si. Quem fala pelos factos (relatados nas escutas ou noutros documentos) são os advogados e o ministério público. Por isso, há uma componente argumentativa na prática dos tribunais. O Juiz tem de decidir, segundo a convicção que construiu a partir das diferentes argumentações interpretativas dos factos e não pode decidir de outro modo.

Mas Valentim não quer convicções. Percebe-se a sua perspicácia.

III
O presidente da comissão concelhia do PS de Gondomar, será o tal que, segundo a imprensa, tomou como seu um terreno público que existia junto a sua casa?

Se assim for, percebe-se, então, por que é que esse cavalheiro, em nome da ética, tem pressa que Valentim saia da Câmara de Gondomar: valentim deixou de ser nome de pessoa e passou a ser estatuto autárquico!

Nada melhor que a ética para essa transmutação.

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