sexta-feira, julho 11, 2008

 

O último que feche as luzes!

Luís Filipe Menezes afirmou esta noite que «não avançar com os grandes investimentos públicos seria irresponsável» e que o PSD, «partido que subscreveu documentos onde ficou acordada a alta velocidade», devia ter «lucidez».

Não lhe interessa contextualizar a oportunidade da catadupa de obras públicas já anunciadas, nem o balanço entre custos e proveitos. O que importa a Luís Filipe Meneses é ter posição diferente da actual liderança.


Este comportamento era esperado por duas razões: é o seu estio para se fazer notar; e, depois, é uma característica que faz parte do código genético da ambição da maioria dos políticos portugueses (que Eça bem caracterizou!).
Quem não sabe que o Convento de Mafra levou o País à banca rota e enriqueceu os italianos que forneceram os sinos?!.. Quem não se lembra dos balúrdios que eram recebidos para financiar a agricultura, mas foram levados para a construção de monumentais vivendas com piscina, campo de ténis, etc., enquanto os campos ficavam abandonados?!...

Filipe Meneses é desse estilo. O que lhe interessa é um deslumbramento que se aproxime da imagem que de si próprio construiu ao espelho, tal como Sócrates. Já se esqueceram que a Câmara de Gaia ficou endividada com o magalómano Centro de Estágio do F.C.P., que nenhum proveito trouxe para os munícipes de Gaia?!…

Em Portugal nunca nenhum autarca, nunca nenhum governante, foi responsabilizado pelos direitos das gerações futuras e muito menos pela qualidade das finanças públicas que deixa aos vindouros. É um País que tem por lema “o último que feche as luzes, se a energia ainda não estiver cortada”!

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