quinta-feira, julho 17, 2008

 

Henry David Thoreau

Na passagem de mais um aniversário do criador da ecologia é justo lembrar a sua vida e pensamento.

Henry David Thoreau (Concord 12 de Julho de 1817-6de Maio de 1862) foi o primeiro a definir o paradigma biocêntrico da ecologia. No seu entender, os humanos são membros da comunidade da vida e nessa qualidade são dotados do mesmo bem que é inerente aos outros seres. Mas, como seres dotados de razão, o sentido da sua acção constitui responsabilidades alargadas: coibir-se de danificar a natureza, dever de proteger e preservar todos os seres, desde animais, plantas, solos, águas e ar.

Como todos os ecologistas, foi pacifista, defendeu que o trabalho deveria estar ligado ao saber (ter uma profissão é dar testemunho de um saber) e já nessa altura repudiava o facto de os governantes estarem mais interessados nas prebendas do poder do que na defesa do ambiente e em servir o bem-comum. Foi inclusivamente preso por defender a desobediência civil aos impostos injustos.

De forma poética deixou-nos em livro a experiência de viver dois anos sozinho em profunda ligação à Natureza e, nesses textos, se inspirou a parte do filme “Clube dos Poetas Mortos”, onde é referido: "eu fui à Floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente, e sugar a própria essência da vida... expurgar tudo o que não fosse vida; e não, ao morrer, descobrir que não havia vivido".

Henri-David inspirou-se em Rousseau e os seus conceitos de resistência pacífica exerceram grande influência em Gandhi, Luther King, Leo Tolstoi e no próprio movimento hippie.

Todos os que viveram as utopias de Maio 68 são um pouco filhos do pensamento de Henri-David. Foi nele que aprenderam a solidariedade antropocósmica e foi nele que descobriram que a justiça e a liberdade são os alicerces da paz

Dos muitos aforismos que nos deixou, recordamos, em sua homenagem, dois:

“Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar. Agora, dê-lhes alicerces”.

“A bondade é o único investimento que nunca vai à falência”.

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