terça-feira, maio 13, 2008

 

"Prós e Contras": o "Lodação geral"

Ontem o “Prós e Contras” foi dedicado ao “Apito final”, mas o debate traduziu um “Lodaçal geral”. Curiosamente, no meio daquele pântano, quem se portou melhor foi o representante dos árbitros.

Os berros de Valentim Loureiro intermediados com sorrisos e piscar de olhos, a perversidade da argumentação, as contradições, as promiscuidades entre o futebol e a política e a falta de nível trouxeram ao de cima o verdadeiro estado da Nação.

Fartaram-se de falar em ética, mas quem os ouvia sentia o natural impulso para meter a mão ao bolso e certificar-se se ainda tinha a carteira.

Não há ninguém que diga a esses senhores que a argumentar é dar justas razões. Uma argumentação só faz sentido se for pautada por três deveres:
de amor á verdade (deve-se procurar razões universais e independentes de qualquer interesse); de sinceridade (só devo falar do que eu próprio acredito e não utilizar enunciados instrumentais e sofismar); e de justeza (o que afirmo deve harmonizar-se com o que penso ser justo e imparcial por forma a que o interlocutor não receie sentir-se manipulado).

Nada disso se sentiu no debate. A falta de dignidade dessa gente que gravita entre o futebol e a política é bem o espelho da crise de valores e liderança neste País.

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