quinta-feira, maio 08, 2008

 

Censura a Sócrates

Por mais habilidade que Sócrates demonstre para usar os seus truques retóricos, já não consegue esconder uma evidência: perdeu credibilidade e merece censura. E a censura que foi feita ao Governo do PS corresponde, de facto, a um sentimento generalizado. É vergonhoso que um partido, dito socialista, tenha acabado com a classe média e cavado um profundo e obsceno fosso entre ricos e pobres.

O PSD nunca se atreveria a levar tão longe políticas de tanto agravamento da situação dos mais pobres e da própria classe média.

Não será, por isso, de admirar que Manuel Ferreira Leite acabe por se impor como alternativa a Sócrates. O seu problema é vencer as eleições no PSD, onde uma atracção pelo vazio de ideias, de projectos e de credibilidade parece dominar a campanha por uma liderança (bem patente na semelhança com Sócrates quer na retórica redonda de Passos Coelho ou na lábia populista de Santana Lopes). E é esta situação que tem alimentado a ausência de uma alternativa ao Primeiro Ministro revelada nas sondagens. Mas esta situação pode ser ultrapassada com Ferreira leite, desde que os militantes do PSD queiram que o seu partido seja social-democrata.

Comments:
As evid~enciais superficiais sãoas que mais obscurecem a compreensão das coisas.

E o verbalismo sectário é o mais seguro abrigo para os alvos visados.

Enfim,um excerbar de vulcões inifensivos...
 
� da natureza das evid�ncias serem evidentes: e isso basta! N�o precisam de ser superficiais ou profundas.

Todos os cl�ssicos, desde Plat�o a Marx, definiram um bom governo pelo crit�rio de saber diminuir o sofrimento dos que mais sofrem. Era essa a preocupa�o de esquerda desde a Revolu�o Francesa. O PS abandonou as suas ra�zes, traiu os ideais que defendeu e pelos quais muitos morreram e tornou-se num embuste que serve um grupo de interesses: tem sobretudo interessado a Jorge Coelho, Armando Vara, etc. Mas n�o serve quem deveria servir e que nele votaram.

Hoje, ser de esquerda � fazer tudo para que o PS n�o continue a assemelhar-se ao socialismo de tipo africano
 
O seu potencial operativo no campo político parece-me reduzido.

De facto, pretender apagar com a borracha da sua intransigência um Partido com 45% do eleitorado, ou atirá-lo para a direita num assomo de pureza angélica , como sefosse arauto de uma esquerda celestial, reflecte uma ligeireza quase imbatível.

Reduzir décadas de história política de centenas de milhares de pessoas, a dois ou três impropérios soltados contra duas ou três pessoas, roça o infantilismo.

Quer assentar a transformação democrática da sociedade portuguesa, em pleno século XXI, na soma do PCP com o BE, partidos que, nas melhores sondagens dos últimos 30 anos, somam 18,8%?

Ou acha que a sociedade portuguesa está estruturalmente bem como está, precisando apenas de bons gestores?

Se acha que precisa de transformações estruturais, de natureza, tem que explicar como espera consegui-las contra a direita mais o PS. Se acha que apenas precisa de ser bem gerida,estando muito bem como está, deve interrogar-se sobre o sentido do seu ódio a este Goveno do PS?

Se tudo isto não o preocupa, ou se apenas o preocupa como comichão longínqua, é porque aceita ser um simples comentador rabujento que solta imprecações quando tem insónias, embirrando particularmente com o PS e com Sócrates.

Está no seu pleno direito. Mas arrisca-se a ser um dos mais persistentes apoiantes de tudo aquilo que julga combater com a sua prosa furiosa.
 
Ódio?!...

Além de ser confuso, caro anónimo, coloca as questões ideológicas no plano do amor ou ódio. Isso é mais para o futebol!
 
Admita que a confusão pode não estar no que eu digo, mas dentro da sua própria cabeça.

Aliás, por falar em futebol, o seu discurso parece mais próximo do vociferar das claques do que da reflexão política.

E nunca esqueça que a emoção aguça a razão, mas se perder o norte pode ser-lhe fatal
 
Dê argumentos que justifiquem o que diz. Isso é que interessa! O resto é conversa.

Olhe:

O processo de exclusão dos críticos teve na história várias formas. Na idade média, o critico era um infiel que deveria ir para a fogueira, sendo tratado sem perdão, pior do que eram tratados os ateus; nas ditaduras, o crítico era um elemento subversivo, conspirativo, que deveria ser encarcerado; agora, para os socratinos, o crítico é um indivíduo cheio de ódio que não deve conviver com os bons, os admiradores da gestão socrática.

A vida, os problemas do direito ao emprego, pagar renda de casa, ter dinheiro para sustentara os filhos, etc., já não faz parte das questões políticas. Ficou para esta os jogos florais, as sondagens, a ambição do poder pelo poder.

O bom governo já não é diminuir o sofrimento dos que mais sofrem, mas fazer subir a conta bancária dos que têm saldo nos bancos, dividir cargos entre amigos, aumentar o lucro das empresas e multiplicar por 130 vezes os ordenados dos seus gestores.

Continua, no entanto, a ser uma verdade que faz parte da natureza dos carreiristas, dos que não têm pensamento próprio, daqueles a quem faltam argumentos e ainda não sabem o que é a democracia, armarem-se em vítima, irritarem-se com a crítica ou retirarem o direito ao exercício desta, fazendo crer que ela só existe por questões pessoais, de amor ou ódio.
 
O sr. Anónimo (que coisa, nada de esquerda, esconder-se no anonimato!...) fala do PS como Staline falou (veja: José Paulo Neto , in: “O que é o stalinismo?”).

Um partido é um instrumento de luta por uma concepção económica e social da organização do Estado para servir o interesse comum. E, por outro lado, quem, hoje, lidera o Partido Socialista renegou a concepção de estado e vida económica e social que davam sentido à referência ao socialismo.

Hoje, o PS nada tem a ver com as suas raízes. É um grupo de interesses, pragmático, sem ideologia. E não sou só eu que o diz: são milhares de pessoas. Até Almeida Santos diz que é preciso rever os estatutos. Por que será?!...

O divórcio é real. Só não o vê quem não quer ver!...

Revejam os estatutos e arranjem outro nome para o PS. O Socialismo é muito diferente do neoliberalismo.

É propaganda enganosa, manter a desingnação de socialismo nesse partido (que já nada tem a ver com a sua história)
 
O imprecador não resiste á crítica. Apaga o que pode pôr em causa a orquestra das suas certezas.

Ostentar o Zé Dias como amigo e fazer uma destas, não é lá muito decente!

Mas na verdade, embora não o conheça como pessoa, o tom da sua prosa não faria esperar algo de muito diferente
 
Só letra! Razões que sustentem a critica da critica, argumentos que defendam o seu ponto de vista, nem vê-los!

Não se poderia esperar outra coisa de quem se esconde no anonimato.

Se não gosta do que eu escreve, por que vem cá?!...
 
Sou amigo de José Dias e de quem ele assessorou e de muita mais gente: entre essa gente até há quem esteja no governo.

Só me faltava que tivesse por amigo quem me inibisse de dizer o que penso!
 
Não é dizer. É apagar.
 
O que penso nunca apaguei, nem apaguei o que os outros dizem.

Penso que isto decaiu para o esoterismo.
 
q.d. descair
 
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