quinta-feira, março 20, 2008
Um episódio sintomático.
As políticas da educação dos últimos governos e muito particularmente desta Ministra têm esvaziado a autoridade dos professores. Mas não só: algumas associações de pais (que poucos pais representam) têm muita culpa nesse esvaziamento de prestígio e autoridade: mais preocupadas com as notas dos seus filhos (a quem ligam pouco durante o dia, mas querem que entrem em medicina, porque os seus filhos gostavam muito de $er médicos) do que com o papel da Escola na formação de cidadãos honrados e profissionais competentes, desculpam tudo aos alunos (“precisam de muito apoio”, dizem!...) e só vêem responsabilidades nos professores. Além disso, as decisões de um conselho disciplinar têm sempre recurso e quem acaba por ser penalizado, com reuniões e mais reuniões do conselho, é o professor e não o aluno.Ninguém percebe como se poderá dar testemunho de um saber, se o professor não tem meios para fazer valer a sua autoridade.
Hoje, ser professor é uma actividade profissional de risco. Já não se é professor por vocação ou gosto, mas porque não se consegue outra profissão. E isto tem consequências dramáticas para o futuro deste País que a Ministra da Educação não entende, porque só está empenhada na propaganda dos pseudo-resultados estatísticos.
Por isso, o que reproduz o vídeo (Depois de abrir o link do vídeo colocar em Home: vergonha na escola), infelizmente nada traz de novo.
http://www.youtube.com/watch?v=asp3G9pokuA
Precisamos de uma ministra que não trabalhe para pseudo-estatisticas, que seja competente e se reuna de pessoas com experiência no ensino. Não queremos uma ministra que pise os professores para se afirmar, mas que dignifique a profissão de ensinar, atribuindo à Escola a função social de formar cidadãos responsáveis e profissionais competentes.
Já subscrevi esta petição e Você também o pode fazer:
http://www.petitiononline.com/demissao/
Comments:
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Primo, se bem percebi o alcance do post não sei se o link do video estará correcto.De todo o modo poderá ser visto em http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/272662
Um abraço
Boa Páscoa
Um abraço
Boa Páscoa
Se no link que referi, na casa Home, colocar "vergonha na escola" também pode ver o video.
Há dias encontrei uma colega. Perguntei-lhe como ía a escola. Desatou num choro e disse-me que não conseguia aturar mais os alunos e a escola. Cheia de reniões, não tinha espaço para preparar aulas, corrigir testes e olhar pela filha. Não consegue suportar os alunos. Está a ser avaliada e diz-me que o processo tornou-se numa farsa, só para que a Ministra dica que há escolas a fazer avaliação.
É isto a escola, hoje!
Uma boa Páscoa também para si
Há dias encontrei uma colega. Perguntei-lhe como ía a escola. Desatou num choro e disse-me que não conseguia aturar mais os alunos e a escola. Cheia de reniões, não tinha espaço para preparar aulas, corrigir testes e olhar pela filha. Não consegue suportar os alunos. Está a ser avaliada e diz-me que o processo tornou-se numa farsa, só para que a Ministra dica que há escolas a fazer avaliação.
É isto a escola, hoje!
Uma boa Páscoa também para si
Só mais uma coisinha:
É este tipo de alunos que depois se torna fundamentalista no julgamento negativo dos professores. Não li o artigo de Emídio Rangel, porque me recusei a isso. Pelo que me diziam, o artigo era um “ajuste de contas” e não uma opinião.
Hoje, chegou-me um e-mail assinado que corrobora essa suspeita. Diz o seguinte:
“Emídio Rangel foi dos mais insurrectos e malcriados alunos que passaram
pelo liceu Diogo Cão onde estudei, em Sá da Bandeira.
É pena não ser possível (será que é?!...) divulgar a ficha escolar
desse traste, pois lá deverão constar as faltas disciplinares e até
suspensões devidas a graves actos de indisciplina e falta de
educação.
Desde arrancar fios eléctricos, rasgar o livro de ponto e até partir o
quadro da aula, esse energúmeno fez de tudo!
Não deixa de ser irónico que um tipo com este curriculum tenha a
ousadia de opinar sobre educação e docência.”
Maria Leonor Gundersen
É este tipo de alunos que depois se torna fundamentalista no julgamento negativo dos professores. Não li o artigo de Emídio Rangel, porque me recusei a isso. Pelo que me diziam, o artigo era um “ajuste de contas” e não uma opinião.
Hoje, chegou-me um e-mail assinado que corrobora essa suspeita. Diz o seguinte:
“Emídio Rangel foi dos mais insurrectos e malcriados alunos que passaram
pelo liceu Diogo Cão onde estudei, em Sá da Bandeira.
É pena não ser possível (será que é?!...) divulgar a ficha escolar
desse traste, pois lá deverão constar as faltas disciplinares e até
suspensões devidas a graves actos de indisciplina e falta de
educação.
Desde arrancar fios eléctricos, rasgar o livro de ponto e até partir o
quadro da aula, esse energúmeno fez de tudo!
Não deixa de ser irónico que um tipo com este curriculum tenha a
ousadia de opinar sobre educação e docência.”
Maria Leonor Gundersen
Soube, agora, que a professora é competente e tem experiência de já bastantes anos. Não fez imediatamente a participação do caso, porque, como a generalidade dos professores,receiam que tal participação acabe por devolver ao professor mais preocupações do que as que lhe deram o sucedido.
A ideia de que os professores vão ser avaliados pelos resultados dos alunos e que os pais também interferem nessa avaliação está a ser um factor de intimidação dos professores.
A ideia de que os professores vão ser avaliados pelos resultados dos alunos e que os pais também interferem nessa avaliação está a ser um factor de intimidação dos professores.
Não sei fazer isso. O Hugo é que fez a estrutura do blog e só ele é que sabe.
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