sexta-feira, março 14, 2008

 

A retórica do ridículo

Quando Manuel Alegre, Teresa Portugal, Pedro Adão e Silva e o constitucionalista Vital Moreira discordam da oportunidade política para se fazer, agora, um comício de apoio ao Governo, no Porto, Vitalino responde: é tudo uma questão semântica! Não há comício mas festa.

E acrescentou: é «ridículo» fazer-se qualquer relação entre este evento e a recente manifestação de professores, que juntou cerca de 100 mil pessoas nas ruas de Lisboa, esclarecendo: «O comício do Porto será uma realização popular, que juntará militantes e simpatizantes socialistas que pretendem festejar três anos de Governo».


É assim a retórica do ridículo!

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JOSÉ SÓCRATES NO PAVILHÃO DO ACADÉMICO





Contra a mega manifestação dos professores indignados, realizada em Lisboa , em 8 de Março, José Sócrates e o seu PS (não o de muitos outros militantes) contrapõem com um mini encontro, no dia 15 de Março, no quase centenário pavilhão do Académico Futebol Clube, mais conhecido por Académico do Porto.

O primeiro-ministro dos aeroportos internacionais, dos comboios de grande velocidade, das super cimeiras europeias e africanas, das grandes decisões orçamentais, surpreende-me não ter escolhido um local público de grande dimensão ou um recinto desportivo com a capacidade de reunir um número elevado de simpatizantes do seu governo.

Mas este político, que cirurgicamente ataca os utentes da saúde, os professores e os funcionários públicos, sabe que o "velhinho pavilhão do Lima" tem uma capacidade máxima de 400 pessoas, sito na rua de Costa Cabral, local citadino de via estreita e movimentada, inviabilizando qualquer concentração de vozes descontentes. Além disso, possui um recinto privativo de parque automóvel, com acesso pela rua lateral, que tanto jeito dará a toda a comitiva, que nunca terá contacto directo com os transeuntes, populares ou "professorzecos".

Este local eleito para a comemoração dos três anos de governação socialista talvez não consiga conter a totalidade dos ministros, secretários de estado, subsecretários e assessores.

Aguardo, de forma serena e crítica, a reportagem de alguma comunicação social.





Carlos Pedro de Vasconcelos
 
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