quinta-feira, março 06, 2008

 

Farei tudo para lá estar…

Outros já estiveram na rua, vieram depois os professores, logo a seguir trabalhadores da função pública e depois… outros sucederão.

Este Governo ficará para a história como o governo do desespero e desencanto. Gere os interesses da Nação aos ziguezagues, como um navegador que cata-ventos, sem saber o rumo do destino. Quis mostrar força e convicção sem perceber que em democracia a autoridade apoia-se no princípio do respeito pela dignidade das pessoas e, por isso, “o que se faz para as pessoas não pode ser feito sem as pessoas”. Comportou-se como um governo arrogante que fala de rigor onde coloca teimosia, de autoridade onde põe posporrência, de avaliação onde coloca arbitrariedade. Diz que só quer governar, mas só faz propaganda. E já arregimenta os seus apaniguados (como é o caso do professor de Amarante que fala na TV sobre a avaliação na sua escola) para a propaganda das suas medidas.

O autismo levou este Governo a acusar, primeiro, os comunistas de quererem bloquear a reforma; depois, os sindicatos e, agora, já desenterrou a máxima de que “a rua não dá razão”. Já só falta dizer que a democracia não serve.

Num país pobre, os pobres são cada vez mais pobres, a classe média já quase não existe e os ricos cada vez mais ricos e em menor número.

Este darwinismo social alimenta-se da governação de um partido dito socialista. Amanhã os nossos filhos e netos, quando ouvirem falar de socialismo já não têm como referência os que viveram e morreram a lutar por um mundo mais fraterno, mas os governos socialistas africanos e o de José Sócrates.

Não há alternativa, porque neste centrão que nos tem desgovernado são todos diferentes e todos iguais. Só fica a rua e é para a rua que no sábado vai transbordar o desespero dos professores, depois o dos funcionários públicos, a seguir, os dos trabalhadores do comércio e por aí adiante.

Este Governo fechou as portas ao diálogo. Só na rua, tal como nas ditaduras, é possível mostrar a indignação.

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