terça-feira, março 11, 2008

 

Basta de demagogia!

É estranha a forma destes ministros e dirigentes do PS encararem as questões da educação.

Silva Pereira, naquele tom monocórdico, afirma que os professores não leram o documento de avaliação e António Vitorino, depois de defender uma medida correcta, (suspender a avaliação e encontrar uma espécie de provedor da avaliação) no seu sibilino estilo de sofismar, assegura, na entrevista à Judite de Sousa, que o problema não está na aplicação do sistema de avaliação, mas na forma como foi escrito. Afinal, em que ficamos: merece ou não ler os documentos?!...

Sócrates, talvez com a experiência da Universidade Independente, é mais assertivo: o sistema da avaliação vem corrigir a injustiça de não avaliarem os professores nos últimos 20 anos. É preciso premiar os melhores.

Percebe-se que queiram enganar quem não está a par do que se passa nas escolas, mas não enganam os professores. Pode-se discutir o tipo de avaliação, mas os professores foram sempre avaliados e é pura demagogia dizer o contrário.

Vejamos o seguinte:

1º.- Os professores para progredirem na sua carreira tiveram de elaborar um Relatório Crítico, frequentar Acções de Formação creditadas pelo ME, com formadores acreditados por uma instituição em que o ME delegou essas funções, sendo, depois, aprovados ou não de acordo com regulamentação emanada do ME. Se as ditas acções foram mal aprovadas e os formadores erradamente investidos em tal função, os professores não são responsáveis por isso.

2º.-Nos últimos 20 anos houve professores que não progrediram mesmo assim, em diversos contextos, e ainda ontem ouvi um relato de uma dessas situações. Para além disso, o nosso PM parece desconhecer a antiga prova de acesso ao 8º escalão.

3º.-O Estatuto da Carreira Docente foi revisto em 1998 quando estava no Governo o PS, sendo José Sócrates um dos elementos desse Governo e não se lhe conhece posições públicas nessa matéria, nem então, nem depois, sobre essa forma de «adiamento» do problema. Aliás, Augusto Santos Silva, enquanto Secretário de Estado e depois Ministro da Educação estará em condições de confirmar isso mesmo ao seu antigo colega e actual superior hierárquico no Governo.

4º.-O que é lastimável é que as afirmações do Primeiro-Ministro passem como correctas em prime-time noticioso, sem que seja reposto o rigor dos factos.

Este Governo não deveria tratar com tanta demagogia as questões de Estado. A educação é uma questão de Estado: dela depende a nossa independência e o futuro do País.

João Baptista Magalhaes
Carlos Pedro de Vasconcelos

Comments:
Caro Vasconcelos:
Estava Vexa escandalizado com a posição do Emidio Rangel.....isto porque não está habituado a ver escrito aquilo de que não gosta. Mas olhe que o mundo exterior aos professores é mais assim que começa a ver as coisas! Começa a estar farto!
Pergunta se pode processar o anormaloide? Mas que democracia é esta em que quem não está por nós é promovido a anormaloide? Só se for a democracia do PC.
Então pergunto agora eu, não podemos processar os professores que insultam a ministra do que lhes apetece?
Quem insulta ou perdeu ou está a perder a razão.O centro do ensino são os alunos e não os professores.
Francisco Horta

PS:Também acho que basta de demagogia, já nem vos podemos ouvir, e qq dia já nem vos podemos ver
 
Outra vez?!...

Tem de se tratar. Já disse que nem li o texto do Ragel!
 
O centro não são os alunos, mas se quiser a relação alunos/professores. Não há uma coisa sem a outra.

Hoje, um ex-aluno veio ter comigo e falou sobre o que representei para ele. Não lhe vou falar sobre a conversa que tivemos, mas o desabafo desse meu ex-aluno valeu toda a minha vida de professor. É nesta relação que está o sentido da escola. Não perceber isso é nunca ter sido professor ou aluno, muito embora se tenha passado por uma escola.

Com este Governo acabaram os professores: passou a haver funcionários do ensino Isso vai ter um preço.

Para muitas crianças, a única referência de valores eram os seus professores, mas este ministério não entende o que é o acto de ensinar, não percebe que o ensinar tem uma dimensão quase ecológica: precisa dum equilíbrio de tipo ecossistemico.

As medidas que este governo tem tomado fizeram da escola um local de balbúrdia e de desespero.

Este Governo foi para a escola pública pior que a pneumónica para o País no princípio do outro século!

Não tenha dúvidas!!!...
 
"basta de demagogia".

Concordo consigo.

E quando diz: "já nem vos podemos ouvir, e qq dia já nem vos podemos ver"

Não lhe pedi para vir cá e muito menos para falar do que não percebe.
 
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