segunda-feira, novembro 26, 2007

 

Não tem piada!

Hoje, em todos os eventos a retórica farta os nossos ouvidos com a palavra ética. É uma palavra encantatória, que fica bem e nos remete para a tranquilidade da alma.

Mas a ética é uma competência do carácter e não uma arma de arremesso ou o "conceito-protector" do descrédito das doutrinas, das leis, das normas, das políticas ou das instituições. Compreende-se, então, que a evocação da ética se tenha tornado no único recurso a substituir o que faz falta.

Mas há um “reverso da medalha”: os malfeitores de todos os matizes, nomeadamente os que abundam na política profissional, dizem-se sempre de “consciência tranquila” e as máfias de todos os tipos também têm os seus códigos de honra. Neste contexto, lembrei-me de deixar, num congresso onde participei recentemente, uma avisada máxima: quando ouvirem falar muito em ética, o melhor é meter a mão no bolso para se certificarem se ainda lá está a carteira.

E acharam piada, o que não era a minha intenção!

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